Alterações ocorridas no estilo de vida nas últimas décadas tiveram como consequência o aumento das doenças crônicas. É nesse cenário que o diabetes atinge atualmente cerca de 387 milhões de pessoas em todo o mundo. Por se tratar de uma doença silenciosa, muitos desses indivíduos ainda nem foram diagnosticados.
Além de fatores genéticos, uma vida sedentária e uma alimentação rica em açúcares refinados e gorduras podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver a doença.
Muitos indivíduos não percebem os sintomas iniciais dessa patologia, e, após o diagnóstico, é comum haver dúvidas e divergências sobre os cuidados e o tratamento que devem ser adotados. No entanto, apesar de se tratar de uma condição crônica e sem cura, é possível conviver com essa nova realidade.
Para isso, é preciso entender o que é a doença, abraçar o tratamento e ter disposição para adotar novos hábitos. Esse caminho nem sempre é fácil, mas, por meio dele, aumenta-se a possibilidade da conquista de algo muito importante — a qualidade de vida.
Você, que é diabético ou tem um ente querido diagnosticado com a doença, deve estar interessado em saber o melhor caminho para conviver com essa condição. Por isso, nessa matéria, abordamos tudo sobre diabetes. Não deixe de conferir!
O que é o diabetes?
O diabetes de mellitus é uma doença crônica metabólica caracterizada pela alteração dos níveis de glicose. Ele está associado à falta ou má absorção da insulina. A insulina, por sua vez, é um hormônio produzido no pâncreas que possibilita a absorção da glicose pelas células.
Assim, a sua função é quebrar as moléculas de glicose para convertê-las em energia que será aproveitada por todas as células do corpo. A ausência parcial ou total da insulina interfere tanto na queima de açúcar como na sua conversão em outras substâncias, como proteínas, glicogênio muscular e gordura.
Quais são os principais tipos de diabetes?
É importante saber que existe um conjunto de doenças que têm a mesma característica: o aumento da glicose no sangue, o que pode ser causado por dois tipos de diabetes: o 1 e o 2.
No diabetes tipo 1, o indivíduo se torna insulinodependente. Isso se deve ao fato de seu pâncreas não produzir nada ou muito pouco do hormônio insulina, levando à necessidade de repor essa substância de forma injetável para suprir a sua ausência.
Geralmente, o diabetes tipo 1 é identificado na infância ou adolescência. A doença exige injeções diárias de insulina, e a ausência de tratamento pode colocar a vida do indivíduo em risco.
Já no diabetes tipo 2, o indivíduo não necessita da aplicação de insulina. O distúrbio pode ser controlado por medicamentos administrados via oral. Nesse caso, o pâncreas produz a insulina, mas as células do corpo são resistentes à ação do hormônio. Geralmente, a doença é identificada em pessoas acima dos 40 anos.
Além desses dois tipos mais comuns, também pode ocorrer o diabetes gestacional, geralmente provocado pelo excessivo ganho de peso da mãe, fazendo com que o pâncreas não consiga dar conta de produzir a quantidade de insulina necessária para manter os níveis da glicemia. Após a gestação, o problema costuma ser resolvido.
Diabetes relacionado ao uso de medicamentos e decorrente de outras patologias, como a pancreatite alcoólica, também é comum. O ideal é sempre realizar o diagnóstico com um profissional de saúde especializado.
Como é o diagnóstico do diabetes?
O diagnóstico pode ser realizado por três exames simples: a glicemia em jejum, a hemoglobina glicada e a curva glicêmica. Para esclarecer melhor, vamos falar de cada um deles. Veja!